Insegurança ao falar em público, fazer novas amizades, iniciar em um novo emprego ou mudar-se de cidade. Essas são algumas situações do dia a dia que podem nos deixar mais apreensivos ou ansiosos, o que é super normal, principalmente quando estamos falando de algo novo ou desconhecido. Mas e quando essa ansiedade toma conta, a ponto de nos paralisar e nos impedir de realizar determinadas atividades? Pode se tratar de um caso de fobia social.

Acompanhe o texto e conheça os principais sintomas e causas desse transtorno.

O que é fobia social?

Também conhecida como transtorno de ansiedade social, a fobia social é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “um medo extremo de ser observado pelos outros, evitando qualquer tipo de interação social”. Normalmente esse medo se manifesta de maneira irracional, fazendo com que a pessoa evite iniciar conversas, ir a eventos sociais ou apresentar um trabalho na faculdade, por exemplo.

Quais são os sintomas da fobia social?

À medida que existem pessoas altamente extrovertidas, também há aquelas que são mais tímidas e introspectivas. Isso está relacionado com a personalidade e trajetória de vida de cada pessoa.

Timidez e desconforto em meios sociais não necessariamente indicam um quadro de fobia social. Portanto, é necessário observar um conjunto de sintomas e avaliar o quanto eles afetam as atividades diárias as quais envolvem interação social. 

Os sintomas podem se dividir entre comportamentais e físicos. Veja quais são.

Sintomas comportamentais

• Medo de interagir com pessoas desconhecidas;
• Ansiedade desproporcional à situação;
• Receio em ser o “centro das atenções”;
• Pânico de ser visto ou julgado pelos outros;
• Baixa autoestima;
• Pensativo negativo sobre si;
• Evitar contato visual;
• “Tiques” ou movimentos repetitivos.

Sintomas físicos

• Falta de ar;
• Taquicardia;
• Boca seca;
• Mãos frias;
• Sudorese;
• Enjoo ou tontura.

É importante ressaltar que a qualquer sinal desses sintomas, é importante visitar um psicólogo ou psiquiatra. Esses profissionais irão auxiliar com o diagnóstico e tratamento mais adequado. 

Fobia social: quais as causas?

Não existe uma única causa para a fobia social. Os motivos podem ser variados e podem estar relacionados a causas genéticas e de hereditariedade ou devido a algum trauma ou bullying vivido na infância.

Diagnóstico

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, há alguns critérios que devem ser levados em conta na hora de diagnosticar a fobia social. São eles:

• Presença de medo persistente em determinadas situações sociais;
• Percepção constante de que está sendo observado ou examinado;
• Receio de agir de forma humilhante ou constrangedora;
• Evitar situações sociais que causam ansiedade ou suportá-las com um medo irracional e intenso;
• Ansiedade ou sofrimento que interferem diretamente na qualidade de vida do paciente;
• Medo ou ansiedade que não pode ser explicado por nenhuma outra condição médica, uso de medicamentos ou abuso de substâncias químicas;
• Ansiedade excessiva ou desproporcional à situação real.

Tratamento

Assim como os demais tratamentos para transtornos psicológicos, o tratamento para fobia social é feito através de psicoterapia ou da prescrição de medicamentos por um psiquiatra. Ambos os tratamentos podem ser feitos em conjunto, dependendo do grau de fobia do paciente.

No tratamento medicamentoso, o psiquiatra costuma receitar ansiolíticos ou antidepressivos. Já na psicoterapia, o profissional auxilia o paciente a reconhecer os pensamentos negativos de forma a encontrar alternativas para lidar com eles. Além disso, a psicoterapia ajuda a desenvolver habilidades que auxiliam o paciente a ganhar confiança.

Como conviver com a fobia social?

Após o diagnóstico ser confirmado e o tratamento com psicólogo ou psiquiatra ser iniciado, é interessante que o paciente encontre algumas novas formas de conviver com o transtorno.

Estreitar as relações próximas já existentes é fundamental como forma de encarar a situação e também se sentir apoiado. Grupos de apoio ou terapia em grupo também podem ser uma boa alternativa como forma de compartilhar trocas e experiências em comum.

Lembre-se, precisar de ajuda nunca deve ser motivo de vergonha. Cuidar da saúde mental é fundamental e buscar tratamento com um profissional qualificado é um passo muito importante.

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