TDAH, TDA e dislexia: entenda as diferenças
Você certamente já ouviu falar em TDAH, déficit de atenção ou dislexia, não é mesmo? Esses são assuntos que têm sido muito falados e que acontecem tanto em crianças e adolescentes, quanto na fase adulta.
Essas três condições apresentam sintomas muito semelhantes, no entanto, têm suas diferenças. Pensando nisso, preparamos esse conteúdo de blog para te ajudar.
Boa leitura!
TDAH: o que é?
Mais conhecido pela sua sigla, TDAH, o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, atinge 4% da população adulta, mundialmente. Só no Brasil, há cerca de 2 milhões de adultos com o transtorno. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O transtorno também afeta de 3 a 4% das crianças, no Brasil. Mas afinal, o que é TDAH?
Como o próprio nome já diz, o TDAH se caracteriza principalmente pela desatenção e pela hiperatividade. É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que costuma aparecer na infância. No entanto, alguns casos são diagnosticados apenas na fase adulta, após o paciente ir buscar ajuda sobre os sintomas.
O TDAH é oficialmente reconhecido como um transtorno pela OMS. Em alguns casos, também é nomeado como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).
Sintomas de TDAH
Além da hiperatividade e desatenção, pode haver a presença de outros sintomas, como:
- Inquietude;
- Agitação;
- Ansiedade;
- Impulsividade;
- Demonstrar estar “avoado” ou “no mundo da lua”;
- Esquecimentos (de tarefas, compromissos ou objetos) ou problemas de memória;
- Dificuldade de organização e concentração;
- Irritabilidade.
TDAH X TDA: como diferenciar?
Seu filho(a) costuma viver “no mundo da lua” ou parece “aéreo” quando você conversa com ele(a), porém, não demonstra inquietude e nem impulsividade? Pode ser que se trate de um caso de Transtorno de Déficit de Atenção (TDA).
Diferente do TDAH, o TDA se caracteriza exclusivamente pela desatenção e problemas relacionados à memória, atenção, desorganização e concentração. Ou seja, não há a presença dos sintomas associados à hiperatividade.
Além disso, no TDA também podem surgir outros sintomas, como: falta de motivação para estudos ou tarefas que exigem muita concentração, falar muito ou falar pouco ou dificuldade em expressar sentimentos.
Dislexia
Assim como no TDAH e TDA, a dislexia costuma se manifestar na infância. Infelizmente, muitas crianças com dislexia acabam sendo vítimas de bullying ou de comentários ofensivos relacionados à sua capacidade cognitiva e de aprendizado.
Também com origens genéticas e hereditárias, a dislexia se caracteriza pela dificuldade de leitura e aprendizado, portanto, os primeiros sintomas costumam ser observados pelos pais e professores na escola. Veja alguns deles:
- Dispersão;
- Dificuldade de atenção;
- Dificuldade na coordenação motora; (escrita, pinturas, desenhos, etc);
- Dificuldade de memorização;
- Dificuldade em ler e compreender mapas, números e letras (em alguns casos, é comum confundir uma letra com outra semelhante, por exemplo);
- Desorganização.
TDAH, TDA e dislexia: como diferenciar?
Na dislexia, há uma dificuldade na memorização e entendimento de atividades que envolvem letras ou números, ou seja, atividades verbais. Já no TDAH e TDA, essa dificuldade está relacionada apenas à memorização não verbal (espacial).
Para a pessoa disléxica, há dificuldade em memorizar canções ou realizar provas escritas, enquanto para a pessoa com TDAH ou TDA, não. No caso, a maior dificuldade seria prestar atenção no momento.
Outro exemplo, é que na dislexia, é comum também, além da troca de letras e números, confundir direita e esquerda, já no TDAH e TDA isso não costuma ocorrer.
TDAH, TDA e dislexia: e quais são as semelhanças?
- Todas três são conhecidas como transtornos de desenvolvimento;
- Todas são caracterizadas pela dificuldade de atenção, memorização, organização e concentração;
- Todas têm sintomas que afetam a interação social, desempenho acadêmico e o aprendizado escolar;
- Podem aumentar o risco de ansiedade, depressão ou demais transtornos.
O tratamento e diagnóstico para todos esses transtornos, é feito por um psicólogo ou psiquiatra. O profissional avalia os sintomas e histórico do paciente para assim, realizar um diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado.
Assim, é importante buscar ajuda profissional assim que os sintomas forem observados, afinal, todos esses transtornos podem afetar de diferentes formas o dia a dia e relações interpessoais.
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